quinta-feira, abril 22, 2010

:')

O mundo cai-te aos pés. As lágrimas rolam-te pelo rosto sem pedir licença, escondem-se atrás da força que fazes por manter sempre tua companheira e sofres. Em silêncio, um silêncio que possivelmente te ensurdece por dentro, te corrói e te consome, produto natural do sofrimento de quem perde parte de si. Eu admiro-te e tu sabes disso. Sabes que por mais que te doa, foi uma escolha por amor. Só não consigo perceber porque é que tem de ser assim. Um dia gostava de entender o jogo a que a vida nos propõe. Gostava de compreender porque é que nos testa desta forma, será tão difícil assim aprendermos sem nos estatelarmos no chão? Pelos vistos deve ser. De qualquer forma, continuo não encarar a perda de bom grado, julgo-a por ser falsa e traiçoeira e dura e feia e todos os adjectivos maus que podem definir um nome. Não consigo pensar de outra forma, porque não suporto ver a tristeza nos teus olhos, mói tudo o que está cá dentro, esmaga-me o peito e faz o meu coração ficar pequenino pequenino. Apetece-me dar-te a mão e não largá-la mais, consolar-te, mimar-te e abraçar-te com força. Gostava somente de te dar um bocadinho de mundo bom. E quero que saibas que por trás de todas as brincadeiras, das piadas, das verdades e das mentiras, por trás de todas as ilusões e realidades, certezas e dúvidas, não estás sozinho, nunca te esqueças disso. Eu estou contigo.

domingo, abril 18, 2010

Eu prometo.

Eu não sei explicar mas isto não está certo. Não devia ser permitido não poder mandar naquilo que me pertence, naquilo que é meu, na vida que é minha e de mais ninguém. Quando eu digo que não quero, as minhas palavras deviam ser respeitadas e a minha vontade sublimada. Mas não, parece que o destino gosta de brincar com as minhas ideias e baralhar tudo. Quando eu acho que estou a percorrer o caminho certo, ele dá sempre um empurrãozinho e lá vou eu de novo enfiar-me de cabeça em mais um problema que pode não o ser, mas que já se aparenta dessa forma. Porque o medo é um problema. O medo assusta-me, mete-me medo. Eu gosto de pensar que sou forte e decidida e corajosa e que albergo em mim todas as características de uma grande mulher, ou pelo menos, uma grande parte delas. Mas de facto, o medo torna-me frágil. E vulnerável. Talvez isso também faça parte do conceito de 'grande mulher' e aí não estou a fugir às minhas ideias. Se assim for, tenho a informar que continuo a não gostar do medo, porque tudo seria mais fácil se ele não existisse. Se o medo se varresse da minha alma e levasse com ele a razão muita coisa se teria resolvido na minha vida. Afinal, eu gosto de pensar que a vida é minha, independentemente de ter ou não a última palavra. Só sei que no topo deste metro e sessenta e picos há uma cabecinha baralhada por um coração mais baralhado ainda. Só gostava que os meus sentidos captassem um sinal milagroso que resolvesse esta desordem. Só queria que as palavras passassem a actos de uma vez por todas. Queria que este medo fosse apagado num só gesto. Ou em vários. Estás a vontade para decidir. Só tens que fazer acontecer, eu prometo que faço valer a pena.

quarta-feira, abril 07, 2010

eu sinto, e tu?

Eu só posso sentir saudade, nada mais. Não posso ansiar por reaver quando já não me faz falta para ser feliz. Não posso querer recuperar aquilo que já não me pertence, já não nos pertence. Só posso sentir saudade daquilo que fui naquela vida que para trás ficou. Não posso querer buscar aquilo que de mim já se perdeu e já foi reocupado. Não posso querer abraçar corpos que se negam, nem lembrar nomes que se perdem na memória. Não posso. Não posso e talvez nem quero, mas isso são outros vinte cinco tostões de história que os meus dedos não querem soltar. E posto isto, só sei que o tempo passa e, nesse entretanto, tudo leva e tudo traz. Mas a saudade, essa fica. Fica para me fazer lutar por aquilo que me faz feliz. E confesso, tenho saudades tuas ♥