adivinhaquantoéqueeugostodeti

Vem jogar comigo um jogo,
Eu por ti e tu por mim.
Fecha os olhos e adivinha
Quanto é que eu gosto de ti.

Num Até Sempre, B.

Corpos em transformação pela erosão exaustiva do tempo. Almas que vagueiam na imensidão de experiências, atacadas e mordidas por todos os anos que teimam em passar estilo maratona. É isso que nós somos. Nós, os seres humanos, não passamos de marionetas de um destino travesso, que brinca às escondidas com os nossos desejos e que o faz de tal modo, que na maioria das vezes se esquece que todos os dias simplesmente lutamos por ser melhores pessoas. E lutamos tanto, que chegamos até a menosprezar de alguma forma aqueles que mais amamos, a importância que têm nas nossas vidas. E é em dias como o de hoje, quando o destino se excedeu mais uma vez nesta brincadeira, que percebemos a falta que certas pessoas nos fazem. Somos tão imperfeitos, que na ânsia da perfeição, esquecemo-nos que os beijos, os abraços e os carinhos deviam ser trocados todos os dias. Esquecemo-nos que diariamente deviam ser oferecidas palavras de afecto, gestos de carinho, sorrisos. E mais ainda, esquecemo-nos de dizer aos que amamos uma única palavra, de mostrá-la ao mundo, de consagrá-la e deixá-la presente. Tudo isso porque a imperfeição humana ainda acredita num amanhã garantido.

Por ti,
Por nós,
Por todos os momentos.

Até Sempre, B.

Aos Melhores !

Chego do pior filme da minha vida, alucinada com a série interminável de telefonemas da minha mãe, todos eles sem qualquer tipo de lógica. Entro na sala, reclamo pela insistência como sempre faço e ela só me diz "Sairam filha!". Subo as escadas quase a tropeçar em mim própria, chego ao quarto, fito o portátil num olhar, os dedos no teclado entrelaçavam-me do nervosismo, coloco finalmente o número correcto, sinto o click sufocante do ENTER, uma mistura de fé e aperto no peito, o desejo pelo smilezinho azul saltitante e…

Corri atrás, nunca o deixei fugir. Por momentos tive medo que se me apagasse da memória subitamente, mas a força de um sonho de verdade é suprema. Tanto que já não lhe chamo sonho. Hoje é realidade, a minha realidade.

Obrigado a Todos

Aos Melhores Pais

À Melhor Família

Aos Melhores Amigos

e até a Ti, que sem perceber me deste uma força incontrolável

P.S. - Eu amo-te

É inevitável a falta que me fazes, seja na hora em que desperto para mais um dia sem a tua presença, seja ao deitar, quando percebo que mais vinte e quatro horas se passaram e tu não estiveste comigo. Mais que isso, é inevitável a falta que me fazes em datas como a de hoje, a mágoa que me traz saber que em tempos, neste dia, estavas comigo, que eras meu e só meu. Queria pôr a marcha-atrás no tempo e voltar aos nossos momentos e vivências, queria voltar às nossas escapadelas e a tudo o que contemplava o conceito da palavra nós. Queria tanto, mas tanto, que este ano não tivesse sido um passado mas uma construção do presente perfeito, que hoje estivesses aqui do meu lado a contar as tuas histórias, a contemplar-me com o teu sorriso e a criticar-me em tudo, só para me irritares. Até das tuas criticas eu tenho uma saudade enorme. Eram a tua forma de me pores em brasa e cheia de raiva para depois me agarrares daquela tua forma e me mostrares o quanto eu te pertencia, o quanto nos pertencíamos. É uma saudade que consome, que me enfarta e me enlouquece a cada dia que passa, que me faz querer-te de uma forma incontrolável, sonhar contigo a toda a hora e amar-te como se nada se tivesse passado, como se estes 366 dias tivessem sido a perfeição. Não foram e nós sabemos. Tu estás longe, tu mudaste de mundo e deixaste-me aqui perdida em datas e números, em memórias, histórias e falsas verdades que eu não consigo acreditar e que nem tu próprio acreditas. E sabes o que me irrita? É que eu sei, eu tenho a certeza, que tu não crês nas palavras que dizes, que tens medo do que fomos, do que eu signifiquei para ti e ainda significo, tens medo de tropeçar mais uma vez e cair na nossa história de cabeça e borrar a pintura que tens andado a criar. Tens medo de sentir demais, que eu te faça sentir demais. Porque sabes que eu sou capaz e tu também, porque "eu conheço-me a mim e conheço-te a ti". Eu já fiz de tudo, eu lancei-te a corda, só não sobes se não quiseres.

P.S. - És o maior cobarde, mas eu amo-te.

CP, num amo-te

Começou cedo, se querem mesmo saber já nem me lembro quando foi. Das minhas memórias de infância restam flashes, pedaços de mim e daqueles que se cruzaram nesta minha jornada de vivências e momentos marcantes. Ela é uma dessas pessoas. Ela é parte de um grupo, é uma das correntes que mantêm sempre forte o elo da amizade. Uma amizade que superou distâncias, tempos e ventos e que mesmo assim permanece no pedestal mais alto de todos. Um sentimento que nem toda a gente entende, que nem todos os seres têm a sorte de possuir, que querer não implica sentir. Mas eu sinto, eu sinto e ela também. Talvez porque é mútuo e nós sabemos o quanto. Sinto que a amo, amo sim e não tenho qualquer problema em afirmá-lo. É forte aquilo que nos une, é tão forte que faz sentir a falta dela quando não lhe vejo o rosto diariamente. É tão forte que traz a saudade no ar, que não depende, mas necessita de uma forma inexplicável. É tão importante trocar duas palavras com ela por dia como tomar os comprimidos para a alergia antes de ir dormir, ou mais ainda. São inevitáveis os risos, as gargalhadas e as confissões que eu sei que com ela estão completamente seguras. São indispensáveis os segredos, os momentos em que o mundo pára para nos ver desatinar, as coscuvilhices e as descobertas. É indiscutível a capacidade que ela tem de me trazer um sorriso numa mensagem de conforto e mais ainda a de saber quando eu preciso de conforto. Porque ela adivinha, ela sabe tudo aquilo que eu lhe conto ao ouvido e mais ainda, sabe o que nem sequer saiu da minha boca. Ela conhece-me por tudo, cada pecinha do puzzle do meu viver. Ela observa-me, sabe-me e sente-me. Por isso ela é a melhor das melhores. É um amor de vida, um amor de irmãs e "é para sempre, eu sinto e tu também".