Foi o sonho mais mágico de todos. O maior de todos os sonhos. E pensar que em tempos eu deixei de sonhar por medo, por angústia ou por orgulho talvez. Em tempos eu deixei de querer querer-te, acreditei que seria possível (sobre)viver sem sentir o calor da tua pele, o gosto do teu beijo, a tua respiração a corroer-me o pescoço. Acreditei que não precisava do teu abraço a envolver-me o corpo, a prender-me em ti como se o mundo deixasse de existir e ficássemos ali só nós, naquele mundinho inquebrável. Acreditei que não iria mais ouvir mais a tua voz, nem sentir o teu cheiro a invadir-me os pulmões. Julguei ser mesmo possível prosseguir neste caminho sem ti. Eu senti-te a quebrar de vez o meu mundo, vi-te a roer a corda e a saltar fora do barco. Vi-te a ser o maior cobarde, vi-me a odiar-te com todas as forças que são suportáveis por um coração amante e jurei ao mundo que o meu primeiro amor acabava ali, não havia mais nada a acrescentar à história. Iludi-me de tal forma que precisei de te sentir longe, cada vez mais afastado de mim e daquilo que eu realmente queria.
Mas houve um momento da vida em que eu percebi que podia não ser feliz contigo, mas também que negando aquilo que éramos não chegaria a lado nenhum. Olhei-me ao espelho e vi que aquela não era eu, eu nunca fui de me deixar consumir por obstáculos, de me perder no tempo à espera que o milagre chegasse. Eu olhei o meu reflexo e vi que não ria de vontade, nem vivia de vontade sequer. Então renasci das cinzas como Fénix, carreguei as baterias e fui à luta. Corri atrás daquilo que mais queria, chorei noites e dias por não me sentir na tua vida, por me sentir um passado posto para trás. Porque no fundo, nada me consegue fazer crer no fim da nossa história. Nem tu próprio conseguiste. Tu tentaste resistir, tentaste negar-me com medo de borrar a pintura de uma vida (im)perfeita, mas não foste capaz. Sabes que o meu toque te alucina, que o mistério de cada palavra te dá a volta à cabeça num segundo. Tu não consegues resistir ao beijo que te consome, nem ao olhar que te prende à minha imagem. É uma cumplicidade que não há tempo nem gente capaz de quebrar, é um sentimento frágil e inseguro por toda a pureza, mas tão fortalecido pelas pedras no caminho que nos ultrapassa a nós próprios e a tudo aquilo que é teoricamente correcto. É o sonho mais real e mais inexplicável, o único capaz de virar o mundo ao contrário e fazer-nos alcançar o céu.
Mas houve um momento da vida em que eu percebi que podia não ser feliz contigo, mas também que negando aquilo que éramos não chegaria a lado nenhum. Olhei-me ao espelho e vi que aquela não era eu, eu nunca fui de me deixar consumir por obstáculos, de me perder no tempo à espera que o milagre chegasse. Eu olhei o meu reflexo e vi que não ria de vontade, nem vivia de vontade sequer. Então renasci das cinzas como Fénix, carreguei as baterias e fui à luta. Corri atrás daquilo que mais queria, chorei noites e dias por não me sentir na tua vida, por me sentir um passado posto para trás. Porque no fundo, nada me consegue fazer crer no fim da nossa história. Nem tu próprio conseguiste. Tu tentaste resistir, tentaste negar-me com medo de borrar a pintura de uma vida (im)perfeita, mas não foste capaz. Sabes que o meu toque te alucina, que o mistério de cada palavra te dá a volta à cabeça num segundo. Tu não consegues resistir ao beijo que te consome, nem ao olhar que te prende à minha imagem. É uma cumplicidade que não há tempo nem gente capaz de quebrar, é um sentimento frágil e inseguro por toda a pureza, mas tão fortalecido pelas pedras no caminho que nos ultrapassa a nós próprios e a tudo aquilo que é teoricamente correcto. É o sonho mais real e mais inexplicável, o único capaz de virar o mundo ao contrário e fazer-nos alcançar o céu.