domingo, junho 14, 2009

Post Scriptum

Porque o mais importante fica sempre por dizer.

quarta-feira, junho 10, 2009

Puff!

Tenho vontade de escrever para ti. Aliás, tenho vontade de te olhar nos olhos e dizer tudo por impulso, como se uma rajada de vento arrancasse as palavras do meu peito e as fizesse penetrar no teu, com toda a força que necessária fosse, desde que te fizesse entender o quanto eu gosto de ti. Apetece-me contar-te ao ouvido cada segredo da minha história, revelar-te cada medo que me assola a alma e sentir-me protegida como tu és capaz de me fazer sentir. Tu apeteces-me, apeteces-me muito, mais do que aquilo que eu alguma vez imaginei quando te olhei pela primeira vez. Apeteces-me pela tua essência. E pela minha também. Tu mudaste o meu rumo, ainda não percebeste isso? Tu, sem dares conta, entraste na minha vida como um qualquer e foste marcando o teu território, foste deixando marcos que assinalam a tua presença, essa coisa de eu que eu morro de saudade! Lentamente, tu foste ganhando o teu espaço, o teu tempo, a tua importância! E hoje eu sinto a falta, porque faltas-me tu, tu que sempre aqui estiveste! Sinto saudade do teu riso, do teu jeito de falar, da maneira como dizes as coisas mais simples! Sinto uma falta descomunal de olhar nos teus olhos e de me fazeres as caretas mais parvas só para eu me rir e tu ganhares o jogo. Sinto falta de ti, pela pessoa que és e por aquilo que me ensinaste a ser. Só é pena que tu não entendas isso.

terça-feira, junho 09, 2009

Primeiro estranha-se, depois entranha-se!

Há dias que os nossos dedos pressionam o ‘Rewind’ na história da nossa existência e o filme passa na nossa cabeça na forma de recordações. Lembro-me de há um ano atrás ser assolada pelo medo da saudade, pelo medo da nova vida e das novas experiências. Lembro-me de ter deixado algumas lágrimas rolar pelo meu rosto, figurativas de todos esses medos que me invadiam. Recordo-me de palavras ditas em silêncio nos olhos daqueles que ali deixava, de momentos que ali ficavam como que guardados num baú sem destino e de como me assustava aquele futuro que de certo não tinha nada. Senti-me como uma ave que sobrevoa o Atlântico e não sabe ao certo onde vai aterrar. Era aquela sensação de largar um mundo que me pertencia, sem saber onde é que o meu barco iria atracar. Por sorte, atracou no porto mais seguro de todos! Hoje eu não trocava o que tenho por nada deste mundo! Todos os medos, todas as desconfianças e os quilómetros percorridos pela ave sem destino valeram cada segundo da vida que eu conquistei! Por todas as gentes que eu conheci, por todos os momentos que eu vivi e por todas as pequenas coisas que aprendi. Pequenos gestos, pequenos sorrisos e olhares prendem-me a este mundo do qual eu não quero sair, porque como alguém disse “Aqui eu sinto-me em casa”. Porque

Primeiro estranha-se, depois entranha-se”,
Fernando Pessoa